"Nada, absolutamente nada está ao acaso.
Tudo, absolutamente tudo, segue um plano bem traçado
elaborado por nosso Pai Criador e executado, fielmente, pelos Bons Espíritos.
Um erro médico deve ser avaliado em seus inúmeros matizes e,
temos certeza, não possuímos meios para esgotá-las todas.
Entretanto, quando algo assim ocorre, caso seja o médico
despreparado ou irresponsável em relação à sua profissão, uma situação dessas
serve muitas vezes para frear as suas atitudes e conscientizá-lo, de forma
grave e dura, de suas responsabilidades. Quanto ao paciente, podemos dizer com
absoluta convicção, que o paciente que sofrerá o erro médico foi atraído para
aquela situação pela mais pura lei de sintonia, lei de atração ou lei de causa
e efeito. Ou seja, é da Lei que ninguém sofra injustamente.
Então quer dizer que está tudo certo e devemos deixar por
isso mesmo? Não, necessariamente. Um médico, sendo ele irresponsável, deverá
arcar com as consequências dos seus atos.
Mas, e quando o Médico leva a sério a sua profissão? Quando,
mesmo despeito de toda a sua seriedade e esforço, de sua luta para preparar-se
adequadamente, o médico comete um erro?
O que significa isso? Como a Doutrina Espírita enxerga isso?
Deixando bem claro que abordaremos apenas um lado da
questão, falemos de… Resgate. A Doutrina Espírita esclarece que vivemos outras
vidas e, na atual existência, para continuarmos a progredir, precisamos quitar
os débitos do passado. Mas, também esclarece a Doutrina Espírita, que determinados
resgates só estão autorizados a ocorrer se o Espírito, em nosso caso
específico, o Médico, tiver envergadura espiritual para suportar.
Ora, resgata o médico, que é atingido em seu amor próprio (o
que funcionará como um antídoto contra a vaidade) e é provado em sua confiança
em Deus, em sua fé. Normalmente, nesses casos, Deus tem maiores
responsabilidades para confiar a esse médico. Mas, para isso, é preciso
avaliá-lo, testando-o. Assim como somos avaliados na faculdade acadêmica, o
somos na faculdade da vida.
Nesses momentos, profundamente dolorosos, não devemos
esquecer, nem por um minuto, que jamais estamos sozinhos. A oração é o bálsamo
que nos enxugará as lágrimas e nos dará forças pra confiar no Pai de Bondade,
que nunca nos desampara.
Vem à minha mente uma imagem de um médico que usou a
medicina de forma maléfica. No plano espiritual, após dolorosas situações,
conscientizou-se da sua responsabilidade. Retornou ao plano material, mas a sua
vaidade o puxava para os mesmos erros. Até que uma série de problemas em sua
profissão, inclusive erros médicos, o humilhou profundamente. Sofreu muito, mas
conseguiu conscientizar-se de sua missão. Retornou ao trabalho e,
abençoadamente, conseguiu cumprir a sua missão de forma maravilhosa, com o
apoio dos bons espíritos.
Quanto ao paciente, vale a mesma regra: nada acontece
injustamente. Tudo tem a sua razão de ser. E pacientes que sofrem hoje, seja
por erro médico ou por ausência de atendimento, são muitas vezes os mesmos que,
no passado, recusaram-se a salvar vidas ou aliviar sofrimentos.
Que nos ampare Jesus, o Terapeuta de nossas almas."
Fonte: Psicologia Espírita