O final de mais um ano está se aproximando e é nesta época que
uma grande parte das pessoas coloca em prática as suas “simpatias” de ano novo
para conquistar a prosperidade.
Uma das mais comuns é a de pular sete ondas no mar, à véspera da
virada. Você já deve ter feito ou conhecido alguém que fez isso, correto? Para
que possamos refletir sobre atitudes como esta, pensemos naqueles que não
possuem a oportunidade de ir à praia. Será que terão um ano de azar?
A ciência esclarece o porquê de crenças em mandingas serem
formas de superar situações em que sentimos que estamos fora do controle.
Conforme a pesquisa, quanto mais passos e repetições o ritual tiver, mais as
pessoas creem neles.
Como a Doutrina Espírita
explica a prática das Simpatias?
O Espiritismo não é contra quem
pratica ou acredita em simpatias, rituais, mandingas, etc. Apenas mostra com
apoio nas obras doutrinárias o motivo de raciocinar diferente.
“Qual pode ser o efeito das fórmulas e práticas com
ajuda das quais certas pessoas pretendem dispor da vontade dos Espíritos?”. “O
efeito de torná-las ridículas se são de boa-fé; caso contrário, são patifes que
merecem um castigo. Todas as fórmulas são enganosas; não há nenhuma palavra
sacramental, nenhum sinal cabalístico, nenhum talismã que tenha uma ação
qualquer sobre os Espíritos, porque estes são atraídos pelo pensamento e não
pelas coisas materiais” – O Livro dos Espíritos, questão 553.
Ainda estudando as obras básicas,
analisemos O Livro dos Médiuns, 2ª parte, cap. XXV, item 282-17ª:
“Certos objetos, como medalhas e talismãs, têm a
propriedade de atrair ou repelir os Espíritos, como pretendem algumas
pessoas?”. Resposta: “Pergunta inútil, pois sabeis que a matéria
não exerce nenhuma ação sobre os Espíritos. Ficais certos de que
jamais um Espírito bom aconselha semelhantes absurdos. A virtude dos talismãs,
de qualquer natureza, só existe na imaginação das criaturas supersticiosas”.
Então qual é a
verdadeira simpatia para atrair a prosperidade?
É essencial termos bom senso,
utilizando a razão, não julgando qualquer prática e colocando sempre Jesus
Cristo à frente de nossas decisões. Ele nos mostrou o caminho de evoluirmos
e prosperarmos em nossa vida.
Caracterizam-se pelo verbalismo
exagerado, quando utilizando a instrumentalidade mediúnica. Em arroubos
dourados comentam, prolixos, os mais variados temas, não obstante chegarem a
conclusão nenhuma. Cultores da própria vaidade, comprazem-se em estimular o
fanatismo exacerbado, utilizando a palavra com habilidade, através de cujo
recurso encorajam os sentimentos infelizes do orgulho entre os seus ouvintes,
cumulando-os de referências pomposas embora vazias de significação. Quando se
lhes solicitam esclarecimento ou permitem interrogações à cata de informes com
os quais seja possível aquilatar-lhes a evolução, rebelam-se ferozes,
dizendo-se feridos nos valores que a si se atribuem, traindo a inferioridade em
que se demoram.
Arrogantes, estimam a ignorância presunçosa
dominadores e arbitrários, com altas doses de empáfia com que se jactam guias e
condutores. Outras vezes arremetem-se pela seara do profetismo sensacionalista,
enveredando pelo terreno das fantasias, tão do gosto da frivolidade ou da
ingenuidade de grande cópia das criaturas humanas. Tecem comentários vastos
sobre a vida em outros planetas, discorrendo, levianos, temas controvertidos
nos quais, sejam quais forem as conclusões da honesta investigação do futuro,
dispõem de válvulas para escapatórias vulgares. Pseudo-sábios conforme os
denominou o Codificador do Espiritismo, quando se percebem suspeitos ante os
que os ouvem, não se constrangem de utilizar nomes que exornaram personalidades
históricas, sábios ou santos para melhor enganarem os espíritos invigilantes,
embora encarnados, que se comprazem na ilusão, distantes da responsabilidade
pessoal e intransferível da tarefa de renovação interior.
Falsos profetas da Erraticidade, que
são!
A desencarnação não os modificou -
Amantes da ficção e sócios da
mentira, quando no corpo somático, prosseguem no engôdo a que se permitiram
arrastar, sintonizando com outras mentes ociosas do plano físico, a que se
vinculam, dando prosseguimento aos programas infelizes que lhes apraz.
Fáceis de identificar, devem evangelicamente
receber instrução, advertidos e reprochados fraternalmente.
Às vezes, investem contra grupos
respeitáveis, testando a excelência moral dos componentes da atividade espírita
em começo - Precipitados, todavia, logo desvelam os propósitos que os inspiram.
Também os há no plano físico.
Zelosos, passam como fiscais do labor
alheio, preocupados em encontrar em tudo e em todos mistificações e
mistificadores, com que traem o estado Íntimo - Acreditam-se encarregados de
guardar a Verdade e somente eles a possuem em mais altas expressões,
descuidando, como é natural, do próprio comportamento, revelando, assim, nas
atitudes apaixonadas e nas posições inamovíveis a que se fixam, a condição de
espíritos atormentados, companheiros atormentadores.
Confiam nas fôrças que supõem
possuir, jactanciosos, esquecidos de que a Vinha pertence ao Senhor que labora
incessantemente -
Preocupados em descobrir falhas e
engodos descuram a atividade nobre de ensinar corretamente, relegando como
deveriam os irresponsáveis à Lei que deles se encarregará, fiscalizando-se com
maior serenidade, a benefício da Causa ou das Ideias que dizem defender.
Expressam uma classe especial de
falsos profetas - são os novos zelotes.
A mentira, porém, de qualquer
procedência, não resiste ao tempo, nem à meridiana luz da autenticidade.
Os que mentem, encarnados ou
desencarnados, não desacreditam a verdade: iludem-se, perturbando-se, em
decorrência das atitudes e conceitos cultivados.
Por essa razão, ama tu a atitude
correta, ora e vigia, para que não sejas vítima daqueles espíritos atormentados
e enganadores do Além - Da mesma forma não te faças acusador de ninguém, antes
impõe-te a tarefa de proceder com retidão, ensinar com segurança doutrinária e
servir sempre, pois que o Senhor até hoje trabalha, sem a excessiva preocupação
de eliminar do campo os maus trabalhadores aos quais concede Ele oportunidade e
oportunidades, por não desejar que ovelha alguma que o Pai lhe confiou se
perca, mas antes seja salva.
"Meus
bem-amados, NÃO CREAIS EM QUALQUER ESPÍRITO; experimentai se os Espíritos são
de Deus, porquanto muitos falsos profetas se têm levantado no mundo". São
João, Epístola 1ª, Capítulo 4º, versículo 1.
*"O Espiritismo revela outra categoria bem mais
perigosa de falsos Cristos e de falsos profetas, que se encontram, não entre os
homens, mas entre os desencarnados: a dos Espíritos enganadores, hipócritas,
orgulhosos e pseudo-sábios, que passaram da Terra para a erraticidade e tomam
nomes venerados para, sob a máscara de que se cobrem, facilitarem a aceitação
das mais singulares e absurdas ideias". Evangelho Segundo o Espiritismo -
Capítulo 21º - Item 7, parágrafo 2.
FRANCO, Divaldo Pereira. Florações
Evangélicas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 55.