domingo, 10 de dezembro de 2017

Esferas Espirituais

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As esferas espirituais são as diversas subdivisões vibratórias do Mundo dos Espíritos. Estão para a vida extrafísica assim como os continentes e os países estão para o mundo físico.
Sabemos hoje, que, o mundo dos Espíritos é subdividido em várias faixas vibratórias concêntricas, tendo a Terra como centro geométrico. A atmosfera espiritual das diversas esferas será tanto mais pura e eterizada quanto mais afastadas da crosta elas estiverem. Os Espíritos de maior luminosidade habitarão, naturalmente, as esferas mais afastadas, embora tenham livre trânsito entre elas e com freqüência visitem as esferas inferiores em tarefas regenerativas e esclarecedoras. Em cada esfera, o solo tem consistência material, e acima se vê o céu e o sol. Diversas cidadelas espirituais, postos de socorro, ou instituições hospitalares estão distribuídas nas diversas esferas, abrigando Espíritos em condições evolutivas semelhantes.
André Luiz dá o nome de Umbral às três primeiras esferas, contadas a partir da crosta, e segundo este autor, a região umbralina é habitada por Espíritos que ainda necessitam reencarnarem no planeta Terra, comprometido que estão com vida neste orbe. Sobre o umbral, André Luiz [Nosso Lar] dá o seguinte depoimento:
“É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram atravessar as portas dos deveres sagrados, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos.
Funciona como região de esgotamento de resíduos mentais. Pelo pensamento os homens encontram no Umbral os companheiros que afinam com as tendências de cada um. Cada Espírito permanece lá o tempo que se faça necessário.”
Informa também André Luiz que os Espíritos que estão nas esferas superiores podem transitar pelas esferas que lhes estão abaixo, mas os Espíritos que estão nas esferas inferiores não podem, sozinhos, passar para as superiores.
Das infinitas esferas da vida do Mundo Espiritual a literatura mediúnica espírita tem-nos informado de algumas, que vamos conhecer visando apenas o melhor entendimento do tema.
POIS DEVEREMOS RETORNAR À PÁTRIA ESPIRITUAL E TEMOS QUE CONHECER PARA ONDE VAMOS

São:

ABISMO
TREVAS
ESFERAS TERRESTRES
UMBRAL
ZONA DE TRANSIÇÃO
ESFERAS SUPERIORES
ESFERAS RESPLANDESCENTES

VAMOS CONHECER UM POUCO DE CADA

ABISMO

– Região Espiritual de padecimentos inenarráveis, destinada a Espíritos que tenham cometido os mais graves crimes contra as Leis Divinas. Os Espíritos vinculam-se consciencialmente à região e aglutinam-se em “Vales” ou “Áreas”, consoantes os erros grosseiros que tenham cometido na última reencarnação.

TREVAS

– Região Espiritual desprovida de qualquer luminosidade, constituindo morada de Espíritos ainda envolvidos pelas mais diversas vibrações do mal e que tenham tido comportamento moral condenável em suas oportunidades reencarnatórias.

ESFERAS TERRESTRES

– A terra como se sabe é um mundo de “Expiação e Provas, onde domina o mal”. Assim Espíritos viciosos das mais diversas naturezas sintonizam com as vibrações deletérias dela imanadas permanecendo a ela vinculados.
No livro NAS FRONTEIRAS DA LOUCURA de Divaldo pelo Espírito Manoel F Miranda reporta-se à época do carnaval na cidade do Rio de Janeiro, para que possamos aquilatar a nossa natureza vibracional e o nosso envolvimento com pensamentos de baixo nível.
“As mentes em torpe comércio de interesses subalternos, haviam produzido uma psicosfera pestilenta na qual se nutriam vibriões psíquicos, formas-pensamento de mistura com Entidades perversas, viciadas, dependentes, em espetáculo pandemônico, deprimente”

UMBRAL

– É uma região espiritual que começa na crosta terrestre na qual se concentra tudo o que não tenha finalidade para a vida superior. É a região para esgotamento de resíduos mentais; uma zona purgatorial, os Espíritos aí confinados julgam-se injustiçados e sentem-se desesperançados por não terem encontrado na Vida Maior aquilo que suas crenças religiosas divulgaram.
LÍSIAS no livro NOSSO LAR de FCX A Luiz(Esp.) diz que no Umbral encontram-se “legiões compactas de almas irresolutas e ignorantes, que não são suficientemente perversas para serem enviadas à colônia de reparação mais dolorosa, nem bastante nobres para serem conduzidas a planos de elevação” É uma região semi-trevosa habitada por Espíritos consciencialmente culpados de erros diversos conta as Leis Divinas.

ZONAS DE TRANSIÇÃO

– São colônias espirituais inseridas no Umbral, quais fossem oásis nos desertos. Os Espíritos que conseguem alcançá-las, por méritos conscienciais, nelas encontram amparo e assistência podendo reajustar-se e até mesmo evoluir.

ESFERAS SUPERIORES

– São regiões de felicidade , onde estacionam Espíritos devotados de grande elevação moral , lá habitam os Bons Espíritos e os Espíritos Superiores.

ESFERAS RESPLANDESCENTES

– Regiões Espirituais onde impera a bondade , a confiança e a felicidade verdadeiras. No livro RENÚNCIA ditado pelo Esp. Emmanuel médium FCX , é descrita a paragem espiritual a que está vinculado o Espírito ALCÍONE , são paisagens que nossa pobre imaginação não consegue nem sonhar.

UM ESPÍRITA NO UMBRAL


um espírita no umbral

UM ESPÍRITA NO UMBRAL

Um homem de 55 anos, espírita, sofreu um acidente e morreu de repente. Ele se viu saindo do corpo e chegando a um lugar escuro, feio, tétrico, com energias muito negativas.
Assim que começou a caminhar por aquele vale sombrio, viu três espíritos vestidos com capa preta caminhando em sua direção. Assim que chegaram, o homem perguntou:
– Que lugar é esse?
– Aqui é o que vocês espíritas chamam de umbral – disse um dos espíritos. O homem ficou chocado com aquela informação. Mal podia acreditar que estava no umbral. Considerou que talvez estivesse ali para participar de alguma atividade socorrista aos espíritos sofredores. O espírito negativo, que lia seus pensamentos, respondeu que não. Ele estava ali porque o umbral era a zona cósmica que mais guardava sintonia com suas energias.
– Mas isso é impossível!!! – disse o espírita em desespero. – Não posso estar no Umbral. Deve haver algum erro… Em primeiro lugar eu sou espírita, faço parte dessa religião maravilhosa que é considerada o consolador prometido por Jesus. Realizo também projetos sociais de doação de sopa aos pobres. Ministro o passo magnético duas vezes por semana a uma multidão de pessoas lá no centro. Também ajudo financeiramente instituições de caridade muito necessitadas, além de dar palestras no centro para os iniciantes no Espiritismo. Definitivamente há algo errado…
Não há nenhum erro – disse o espírito das sombras – Em seu atual estágio de evolução, você tem que ficar aqui mesmo. É verdade que você é espírita e faz parte desta doutrina consoladora, mas intimamente você julgava pessoas de outras religiões inferiores por não serem espíritas. Sim, você realizava projetos sociais dando sopa aos pobres, mas em seus pensamentos sentia-se o máximo praticando a caridade e julgava que os pobres não eram tão evoluídos por estarem amargando a pobreza, quando na verdade muitos deles eram mais puros que você. Sim, você ministrava o passe, mas considerava que seu passe era mais “poderoso” e mais curador do que o passe de outros passistas. Sim, você ajudava financeiramente instituições de caridade, mas dentro de ti sempre dava o dinheiro esperando receber algo em troca e sentindo-se alguém muito “caridoso”. E finalmente… Sim, você dava palestras aos iniciantes na doutrina, mas acreditava ter mais conhecimento que eles e se colocava numa posição de destaque e vaidade intelectual. Tudo isso suscitando uma das maiores chagas da humanidade, o “orgulho” e a “vaidade”.
O homem ficou impressionado com as revelações daquele espírito. De fato, revendo suas atitudes e sua perspectiva, intimamente havia quase sempre um sentimento de superioridade, de orgulho em relação aos outros, diante de tudo o que foi feito.
O espírita então olhou para dentro de si e começou a se arrepender de tudo aquilo, reconhecendo seu erro e sentindo-se mais humilde. Nesse momento, ele sentiu uma luz brilhando dentro dele e começou a se elevar. Ao perceber que estava se elevando e deixando o umbral, avistou outros espíritos ainda presos à condição umbralina e novamente lhe veio um orgulho e uma sensação de superioridade em relação aos mesmos. Após sentir isso, caiu novamente no umbral, e a queda dessa vez foi ainda mais dolorosa. Um dos espíritos trevosos disse:
– Você caiu novamente porque, no momento em que se elevava, começou a sentir uma certa superioridade em relação aos espíritos que aqui estavam, suscitando mais uma vez uma condição de orgulho. Além disso, “A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido.” (Lucas 12:48).
O homem ficou muito triste com tudo aquilo. Entrou dentro de si mesmo e com toda a sinceridade pensou: Sim, é isso mesmo. Eu fui uma pessoa arrogante por ser espírita e por tudo o que eu fazia. Esse orgulho neutralizou todo o mérito de minhas ações. Mas tudo bem, eu mereço estar aqui no umbral. Vou ficar por aqui mesmo, quem sabe eu aprendo alguma coisa. Não me importo mais comigo e entrego minha vida a Deus… Como disse Jesus, “Que seja feita a vontade de Deus e não a minha”.
O homem caiu no chão e apenas se entregou a Deus com fé. Nesse momento, não tinha mais nenhum sentimento de auto-importância. Fechou os olhos e deixou tudo fluir…
Nesse momento, seu corpo começou a se tornar um corpo de luz e, sem nem perceber, começou a se elevar novamente. Assim que chegou a uma zona mais elevada, abriu os olhos e, para sua surpresa, havia se libertado do umbral. Dessa vez, nem percebeu que estava se elevando e se libertando.
Um dos espíritos trevosos estava esperando por ele nesse plano mais elevado. Tirou a capa preta e uma luz maravilhosa começou a brilhar. O espírita percebeu que esse espírito não era negativo, mas um espírito de luz que o estava ajudando desde o início. O espírito disse:
– Tua renúncia de ti mesmo no último momento te salvou do umbral. Que tudo isso sirva de lição para você, meu filho. Toda essa experiência que você passou serve para os membros de qualquer religião. E não se esqueça jamais do que disse Jesus:
“Não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita.” (Mateus 6:3)

(Hugo Lapa)