João Evangelista, dentre os discípulos do Senhor, foi considerado o que mais se dedicou ao Mestre, pela força do Amor. Era bem moço quando assistira, juntamente com alguns familiares, as Bodas de Cana. O destino fê-lo acompanhar o Cristo nos seus mais difíceis testemunhos, assim como nas suas grandes alegrias. Presenciou várias curas fantásticas do Senhor, fez parte dos três no Monte Tabor; na agonia do Getsemani, estava no Jardim das Oliveiras; assistiu as pregações mais profundas do Mestre, presenciou a Entrada Triunfal, subiu ao Calvário para se despedir do seu preceptor e, no topo mais dramático do mundo, recebeu como nova mãe, Maria, indicada pelo Divino Messias.
O Evangelista não deixava de ser um predestinado. Espírito escolhido dentre muitos, chamado para a consolidação do Amor na face da Terra. Viveu junto dos homens quase um século, dedicando-se à vida cristã; foram mais de oitenta anos na pura exemplificação dos conceitos da Boa Nova do Reino. Surpreendeu a muitos outros grandes pela humildade e pela fé, e ao lado de toda a vivência das virtudes preceituadas por Jesus, carregava consigo como patrimônio sagrado, lúcida inteligência, que aplicava com os devidos cuidados, a serviço da coletividade.
João é conhecido como Evangelista porque, além do Evangelho segundo João, também escreveu as três epístolas de João e o livro do Apocalipse.
O tempo passa e, mais tarde, no ano de 1182, João retorna novamente à Terra, agora encarnado como Francisco de Assis.
Como sua história já é bastante conhecida, relataremos o motivo de Francisco ter recebido esse nome.
Vamos voltar ao tempo, mais ou menos à época de Jesus.
Por ser um pregador do Evangelho de Cristo, João Evangelista acabou sendo capturado e levado à Patmos, uma ilha pequena, formada de secreções de antigos vulcões, terrivelmente desprovida de vida vegetal e animal, onde havia escassez de tudo. Foi nesse local, durante o exílio, que João teve a visão do Apocalipse e a relatou.
Os guardas de Roma de vez em quando eram substituídos por outros e quase todos se convertiam ao Cristianismo pregado por João, que passaram a chamá-lo de “Pai João”.
Os chefes romanos, entretanto, desejavam que João desaparecesse da face da Terra, provando com isso nada existir depois do túmulo e acabando com a teoria de Cristo sobre a Vida Eterna. João foi então sentenciado à morte.
Os guardas, tremendo emocionados, levaram o profeta para onde já se encontrava uma tacha de proporções enormes, cheia de azeite em ebulição. Ao chegarem, João ajoelhou-se diante da tacha em ebulição e ouviu uma voz que lhe falou aos ouvidos:
- “João, tem bom ânimo, meu filho, porque a porta pela qual passarás para junto de mim, é estreita”.
E o Apóstolo nada mais viu. Com uma semana de fervura infernal no tacho das trevas, foi retirado o fogo e o azeite começava a esfriar. Os soldados, respeitosamente, cavaram uma sepultura nas proximidades. Quando começaram a entornar o caldo maldito, o velho companheiro de Jesus ergueu-se do fundo do vasilhão negro, para espanto de todos... Estampou-se em sua feição um sorriso sobremaneira encantador, saudando todos em nome do Cristo, sem qualquer queimadura na pele!
A notícia correu rápido como um raio, e o imperador liberou imediatamente o Apóstolo de Cristo para que tivesse acesso a todo território romano. Porém, os soldados, temendo a vida de Pai João, perceberam que isso poderia ser outro tipo mais nefasto de cilada. Propuseram-lhe então que vestisse uma farda velha de um dos soldados, raspasse o cabelo e trocasse de nome, transferindo-se para Éfeso, onde poderia permanecer como um desconhecido. Eles lhe sugeriram o nome de Francisco, que o Evangelista aceitou sorrindo.
João, agora conhecido como Francisco, fez muitas pregações. Naquela última noite em que falara na Igreja de Éfeso, curou uma multidão de doentes, inclusive leprosos. Depois disso, despediu-se da vida física.
Retornemos agora a 1181, ano que precedeu ao nascimento de Francisco.
Pedro Bernardone, o pai de Francisco de Assis, certa noite teve um sonho. Em estado sonambúlico e com ajuda espiritual, regrediu no tempo e no espaço e relembrou sua reencarnação em Éfeso, sendo um dos leprosos curados pelas mãos de Pai Francisco. Eternamente agradecido, o leproso tomou-o por um deus ingressado na carne para a salvação dos homens.
Bernardone não se esquecia de Pai Francisco depois desse sonho, guardado em segredo por medo, pois se sentiu no corpo chagoso e fétido pela morfeia. No entanto, o nome do seu benfeitor ficara gravado no coração, e sempre dizia de si para consigo:
- “Se por ventura alguém vier a me chamar de pai, esse alguém se chamará Francisco. É uma promessa que faço aos deuses que me ouvem!”.
E assim, o filho de Pedro Bernardone, ao nascer, recebeu o nome de Francisco.
A data comemorada é quatro de outubro. Parabéns, Francisco!
Abraços fraternos a todos!
Fonte: obra “Francisco de Assis”, psicografada pelo médium João Nunes Maia, sob orientação do espírito Miramez.
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