sexta-feira, 15 de julho de 2016

Chico Xavier

Nota: Se procura o filme de 2010, veja Chico Xavier (filme). Se procura a série de 2011, veja Chico Xavier (série).
Chico Xavier
Nome completo Francisco Cândido Xavier[1]
Conhecido(a) por Ser um importante expoente brasileiro do Espiritismo e da filantropia
Nascimento 2 de abril de 1910
Pedro Leopoldo, MG
Morte 30 de junho de 2002 (92 anos)
Uberaba, MG
Nacionalidade Brasil Brasileiro
Ocupação Médium, filantropo, vendedor, tecelão, datilógrafo
Francisco Cândido Xavier,[1] mais conhecido como Chico Xavier (Pedro Leopoldo, 2 de abril de 1910Uberaba, 30 de junho de 2002), foi um médium, filantropo e um dos mais importantes expoentes do Espiritismo.[2] [3] [4] [5] [6] [7] Seu nome de batismo, Francisco de Paula Cândido, em homenagem ao santo do dia de seu nascimento, foi substituído pelo nome paterno de Francisco Cândido Xavier logo que psicografou os primeiros livros, mudança oficializada em abril de 1966, quando chegou da sua segunda viagem aos Estados Unidos.[8] Chico Xavier psicografou mais de 450 livros,[9] [10] tendo vendido mais de 50 milhões de exemplares[11] [12] e sendo o escritor brasileiro de maior sucesso comercial da história,[13] mas sempre cedeu todos os direitos autorais dos livros, em cartório, para instituições de caridade.[2] [3] [11] [12] [13] [14] Também psicografou cerca de dez mil cartas, nunca tendo cobrado algo ao destinatário.[2] [12] Seus empregos foram vendedor, tecelão e datilógrafo.[12] [15]
O legado do médium ultrapassa as barreiras religiosas e ele é reconhecido como o maior "líder espiritual" do Brasil, sendo uma das personalidades mais admiradas e aclamadas no país e ressaltado principalmente por um forte altruísmo.[11] [12] [13] [16] [17] Vem recebendo grandes homenagens e honrarias, por exemplo: Em 1981 e 1982 foi indicado ao prêmio Prêmio Nobel da Paz,[18] tendo seu nome conseguido cerca de 2 milhões de assinaturas no pedido de candidatura;[19] em 1999 o Governo de Minas Gerais instituiu a Comenda da Paz Chico Xavier;[20] e em 2012 ele foi eleito O Maior Brasileiro de Todos os Tempos, em um concurso homônimo realizado pelo SBT e pela BBC, cujo objetivo foi "eleger aquele que fez mais pela nação, que se destacou pelo seu legado à sociedade".

Índice

BiografiaEditar

InfânciaEditar

Nascido no seio de uma família humilde, teve nove irmãos e era filho de João Cândido Xavier, um vendedor de bilhetes de loteria, e de Maria João de Deus, uma lavadeira católica, ambos analfabetos.[12] [21] Segundo biógrafos, a mediunidade de Chico teria se manifestado pela primeira vez aos quatro anos de idade,[12] [22] quando ele respondeu ao pai sobre ciências, durante conversa com uma senhora sobre gravidez. Ele dizia ver e ouvir os espíritos e conversar com eles.[carece de fontes]

Os abusos da madrinhaEditar

A mãe faleceu quando Francisco tinha apenas cinco anos de idade. Incapaz de criá-los, o pai distribuiu os nove filhos entre a parentela. Nos dois anos seguintes, Francisco foi criado pela madrinha e antiga amiga de sua mãe, Rita de Cássia, que logo se mostrou uma pessoa cruel, vestindo-o de menina e batendo-lhe diariamente, inicialmente por qualquer pretexto e, mais tarde, sob a alegação de que o "menino tinha o diabo no corpo".[carece de fontes]
Não se contentando em açoitá-lo com uma vara de marmelo, Rita passou a cravar-lhe garfos de cozinha no ventre, não permitindo que ele os retirasse, o que ocasionou terríveis sofrimentos ao menino. Os únicos momentos de paz que tinha consistiam nos diálogos com o espírito de sua mãe, com quem se comunicava desde os cinco anos de idade.[22] O menino viu-a após uma prece, junto à sombra de uma bananeira no quintal da casa. Nesses contatos, o espírito da mãe recomendava-lhe "paciência, resignação e fé em Jesus".[carece de fontes]
A madrinha ainda criava outro filho adotivo, Moacir, que sofria de uma ferida incurável na perna. Rita decidiu seguir a simpatia de uma benzedeira, que consistia em fazer uma criança lamber a ferida durante três sextas-feiras em jejum, sendo a tarefa atribuída ao pequeno Francisco. Revoltado com a imposição, Francisco conversou novamente com o espírito da mãe, que o aconselhou a "lamber com paciência". O espírito explicou-lhe que a simpatia "não é remédio, mas poderia aplacar a ira da madrinha", esta sim passível de colocar em risco a sua vida. Os espíritos se encarregariam da cura da ferida. De fato, curada a perna de Moacir, Rita de Cássia melhorou o tratamento dado a Francisco.[carece de fontes]

A madrastaEditar

O seu pai casou-se novamente e a nova madrasta, Cidália Batista, exigiu a reunião dos nove filhos. Francisco tinha então sete anos de idade. O casal teve ainda mais seis filhos. Por insistência da madrasta, o menino foi matriculado na escola pública. Nesse período, o espírito de Maria João parou de manifestar-se. O jovem Francisco, para ajudar nas despesas da casa, começou a trabalhar vendendo os legumes da horta da casa.[carece de fontes]
Na escola, como na igreja, as faculdades paranormais de Francisco continuaram a causar-lhe problemas. Durante uma aula do 4º ano primário, afirmou ter visto um homem, que lhe ditou as composições escolares, mas ninguém lhe deu crédito e a própria professora não se importou. Uma redação sua ganhou menção honrosa num concurso estadual de composições escolares comemorativas do centenário da Independência do Brasil, em 1922. Enfrentou a descrença de colegas, que o acusaram de plágio, acusação essa que sofreu durante toda a vida. Desafiado a provar os seus dons, Francisco submeteu-se ao desafio de improvisar uma redação (com o auxílio de um espírito) sobre um grão de areia, tema escolhido ao acaso, o que realizou com êxito.[carece de fontes]
A madrasta Cidália pediu a Francisco que consultasse o espírito da falecida mãe dele sobre como evitar que uma vizinha continuasse a furtar hortaliças e esta lhe disse para torná-la responsável pelo cuidado da horta, conselho que, posto em prática, levou ao fim dos furtos. Assustado com a mediunidade do jovem, o seu pai cogitou em interná-lo.[carece de fontes]
O padre Scarzelli examinou-o e concluiu que seria um erro a internação, tratando-se apenas de "fantasias de menino". Scarzelli simplesmente aconselhou a família a restringir-lhe as leituras (tidas como motivo para as fantasias) e a colocá-lo no trabalho. Francisco, então, ingressou como operário em uma fábrica de tecidos, onde foi submetido à rigorosa disciplina do trabalho fabril, que lhe deixou sequelas para o resto da vida.[carece de fontes]
No ano de 1924, terminou o antigo curso primário e não mais voltou a estudar. Mudou de trabalho, empregando-se como caixeiro de venda, ainda em horários extensos. Apesar de ainda católico devoto e das incontáveis penitências e contrições prescritas pelo padre confessor, não parou de ter visões e nem de conversar com espíritos.[carece de fontes]

O contato e a adesão à Doutrina EspíritaEditar

Centro Espírita Luíz Gonzaga (2008).
Em 1927,[15] então com dezessete anos de idade, Francisco perdeu a madrasta Cidália e se viu diante da insanidade de uma irmã, que descobriu ser causada por um processo de obsessão espiritual. Por orientação de um amigo, Francisco iniciou-se no estudo do Espiritismo. Logo deixou de ser católico e se tornou espírita convicto.[carece de fontes]
No mês de maio desse mesmo ano, recebeu nova mensagem de sua mãe, na qual lhe era recomendado o estudo das obras de Allan Kardec e o cumprimento de seus deveres. Em junho, ajudou a fundar o Centro Espírita Luiz Gonzaga, em um simples barracão de madeira de propriedade de seu irmão. Em julho, por orientação dos espíritos benfeitores, iniciou-se na prática da psicografia, escrevendo dezessete páginas. Nos quatro anos subsequentes, aperfeiçoou essa capacidade embora, como relata em nota no livro Parnaso de Além-Túmulo, ela somente tenha ganho maior clareza em finais de 1931.[carece de fontes]
Desse modo, pela sua mediunidade começaram a manifestar-se diversos poetas falecidos, somente identificados a partir de 1931. Em 1928, começou a publicar as suas primeiras mensagens psicografadas nos periódicos O Jornal, do Rio de Janeiro, e Almanaque de Notícias, de Portugal.[11]

As primeiras obrasEditar

Em 1931, em Pedro Leopoldo, iniciou a psicografia da obra Parnaso de Além-Túmulo. Esse ano, que marca a "maioridade" do médium, é o ano do encontro com seu mentor espiritual Emmanuel, "...à sombra de uma árvore, na beira de uma represa..." (SOUTO MAIOR, 1995:31). O mentor informa-o sobre a sua missão de psicografar uma série de trinta livros e explica-lhe que para isso são lhe exigidas três condições: "disciplina, disciplina e disciplina".[carece de fontes]
Severo e exigente, o mentor instruiu-o a manter-se fiel a Jesus e a Kardec, mesmo na eventualidade de conflito com a sua orientação. Mais tarde, o médium conheceu que Emmanuel havia sido o senador romano Publius Lentulus, posteriormente renascido como escravo e simpatizante do cristianismo e que, em reencarnação posterior, teria sido o padre jesuíta Manuel da Nóbrega, ligado à evangelização do Brasil.[carece de fontes]
Em 1932, foi publicado o Parnaso de Além-Túmulo pela Federação Espírita Brasileira (FEB). A obra, coletânea de poesias ditadas por espíritos de poetas brasileiros e portugueses, obteve grande repercussão junto à imprensa e à opinião pública brasileira e causou espécie entre os literatos brasileiros, que em geral se impressionaram positivamente com o livro. O impacto era aumentado ao se saber que a obra tinha sido escrita por um "modesto escriturário" de armazém do interior de Minas Gerais, que mal completara o primário.[23] Conta-se que o espírito de sua mãe aconselhou-o a não responder aos críticos.[carece de fontes]
Os direitos autorais das suas obras são concedidos à instituições de caridade. Nesse período, inicia a sua relação com Manuel Quintão e Wantuil de Freitas. Ainda nesse período, descobriu ser portador de uma catarata ocular, problema que o acompanhou pelo resto da vida. Os espíritos seus mentores, Emmanuel e Bezerra de Menezes, orientam-no para tratar-se com os recursos da medicina humana e não contar com quaisquer privilégios dos espíritos.[carece de fontes]
Continuou com o seu emprego de escrevente-datilógrafo na Fazenda Modelo da Inspetoria Regional do Serviço de Fomento da Produção Animal, iniciado em 1935 e a exercer as suas funções no Centro Espírita Luís Gonzaga, atendendo aos necessitados com receitas, conselhos e psicografando as obras do Além. O administrador da fazenda era o engenheiro agrônomo Rômulo Joviano, também espírita, que além de conseguir o emprego para Chico, o ajudava a ter a paz necessária para os trabalhos de psicografia, além de acompanhar as sessões do Centro Luiz Gonzaga, do qual se tornaria presidente. Foi justamente no período em que psicografava nos porões da casa de Joviano que foi escrita uma de suas maiores obras, intitulada Paulo e Estevão.[24]
Paralelamente, iniciou uma longa série de recusas de presentes e distinções, que perdurará por toda a vida, como por exemplo a de Fred Figner, que lhe legou vultosa soma em testamento, repassada pelo médium à FEB para uso caritativo.[carece de fontes]
Com a notoriedade, prosseguiram as críticas de pessoas que tentavam desacreditá-lo. Além dessas pessoas, Chico Xavier ainda dizia que inimigos espirituais buscavam atingi-lo com fluidos negativos e tentações. Souto Maior relata uma tentativa de "linchamento pelos espíritos", bem como um episódio em que jovens nuas tentam o médium em sua banheira. Observe-se que ambos os episódios contêm aspectos narrativos comuns à chamada "prova", comum em histórias de santidade.[carece de fontes]

O caso Humberto de CamposEditar

No decorrer da década de 1930, destacaram-se ainda a publicação dos romances atribuídos a Emmanuel e da obra Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, atribuída ao espírito de Humberto de Campos, onde a história do Brasil é interpretada por uma ótica espiritual e teológica. Essa última obra trouxe como consequência uma ação judicial movida pela viúva do escritor, que pleiteou por essa via direitos autorais pelas obras psicografadas, caso se confirmasse a autoria do famoso escritor maranhense.[carece de fontes]
A defesa do médium foi suportada pela FEB e resultou, posteriormente, no clássico A Psicografia Perante os Tribunais, do advogado Miguel Timponi. Em sua sentença, o juiz decidiu que os direitos autorais referiam-se à obra reconhecida em vida do autor, não havendo condição de o tribunal se pronunciar sobre a existência ou não da mediunidade. Ainda assim, para evitar possíveis futuras polêmicas, o nome do escritor falecido foi substituído pelo pseudônimo Irmão X.[26] [27]
Nessa época, Francisco ingressou no serviço público federal, como auxiliar de serviço no Ministério da Agricultura. Vale salientar que, em toda a sua carreira como funcionário público, não existe registro de qualquer falta ao serviço.[carece de fontes]

Nosso LarEditar

Ver artigo principal: Nosso Lar
Ver artigo principal: Nosso Lar (filme)
Em 1943, vem a público um dos livros mais populares da literatura espírita, o romance Nosso Lar, o mais vendido e divulgado da extensa obra do médium, que no ano de 2010 se tornou um filme e já havia vendido mais de dois milhões de exemplares.[28] Esse é o primeiro de uma série de livros cuja autoria é atribuída ao espírito André Luiz.[carece de fontes]
Nesse período, a celebridade de Chico Xavier é crescente e cada vez mais pessoas o procuram em busca de curas e mensagens, transformando a pequena cidade de Pedro Leopoldo em um centro informal de peregrinação. Tendo morrido na miséria o seu antigo patrão, José Felizardo, o médium empenha-se em arranjar-lhe um sepultamento digno, pedindo doações de casa em casa para esse fim. De acordo com o seu biógrafo Ubiratan Machado, "...até mesmo um mendigo cego doou-lhe toda a féria do dia". (MACHADO, 1996:53).[carece de fontes]

O caso David Nasser e Jean ManzonEditar

Em 1944 os repórteres David Nasser e Jean Manzon fizeram uma reportagem não muito simpática sobre o médium, a qual foi publicada em "O Cruzeiro"[29] . Os repórteres se fingiram de estrangeiros e usaram nomes falsos para testarem se Chico era um farsante; porém, quando Nasser e Manzon chegaram em casa após a reportagem, tiveram uma surpresa, como relatou Nasser numa entrevista à TV Cultura em 1980: “De Madrugada, o Manzon me telefonou e disse: ‘você já viu o livro que o Chico Xavier nos deu?’. Falei que não. ‘Então veja’, ele falou. Fui na minha biblioteca, peguei o livro e estava escrito exatamente isso: ‘ao meu irmão David Nasser, de Emmanuel’. Ao Manzon ele havia feito uma dedicatória semelhante. Por coisas assim é que eu tenho muito medo de me envolver em assuntos de Espiritismo”.[30]

O caso Amauri PenaEditar

Ver artigo principal: Amauri Pena
Em 1958, o médium viu-se no centro de uma nova polêmica, desta vez por conta das denúncias de um sobrinho, Amauri Pena, filho da irmã curada de obsessão. O sobrinho, ele mesmo médium psicógrafo, anunciou-se pela imprensa como falso médium, um imitador muito capaz, acusação que estendeu ao tio. Chico Xavier defendeu-se, negando ter qualquer proximidade com o sobrinho. Já com antecedentes de alcoolismo e com sérios remorsos pelos danos causados à reputação do tio, Amauri retirou a acusação e foi internado num sanatório psiquiátrico em São Paulo, onde veio a falecer.[31]

Década de 1960 e a parceria com o médium Waldo VieiraEditar

Em 1955, Chico Xavier conheceu pessoalmente o médium e então estudante de Medicina Waldo Vieira, o que resultou em uma parceria espírita — que durou até 1966 — na qual psicografaram 17 livros em comum.[32] Em 1959, Chico estabeleceu residência em Uberaba (onde viveu até a falecer) e junto a Waldo fundou na cidade o centro espírita "Comunhão Espírita Cristã". Continuou a psicografar inúmeras obras, passando a abordar os temas que marcam a década de 1960, como o sexo, as drogas, a questão da juventude, a tecnologia, as viagens espaciais e outros. Uberaba, por sua vez, tornou-se centro de peregrinação informal, com caravanas a chegar diariamente, de pessoas com esperança de um contato com parentes falecidos. Nesse período, popularizam-se os livros de "mensagens": cartas ditadas a familiares por espíritos de pessoas comuns. Prosseguem também as campanhas de distribuição gratuita de alimentos e roupas para os pobres.[carece de fontes]
Em 1963, Chico Xavier se aposentou por incapacidade laborativa, na função de datilógrafo subordinado ao Ministério da Agricultura, devido a complexos problemas oculares.[carece de fontes]
Em 22 de maio de 1965,[33] Chico Xavier e Waldo Vieira viajaram para Washington, Estados Unidos, a fim de divulgar o espiritismo no exterior. Com a ajuda de Salim Salomão Haddad, presidente do centro Christian Spirit Center, e sua esposa Phillis, estudaram inglês e lançaram o livro Ideal Espírita, com o nome de The World of The Spirits.[carece de fontes]
No natal de 1965 Chico e Waldo promoveram uma distribuição de alimentos e roupas para mais de onze mil pessoas que formaram uma fila na porta do Comunhão Espírita Cristã.[34] Em 1966 Waldo se desligou do centro e se tornou dissidente do Espiritismo para posteriormente fundar a Conscienciologia e a Projeciologia.[carece de fontes]

Década de 1970 e entrevistas no programa Pinga-FogoEditar

Ver artigo principal: Pinga-Fogo
No alvorecer da década de 1970, Chico participou de programas de televisão que alcançaram picos de audiência. Sua entrevista ao vivo cedida ao programa Pinga Fogo da TV Tupi em 28 de julho de 1971, conseguiu a maior audiência da história da TV brasileira.[12] [35] Nessa década, além da catarata e dos problemas de pulmões, passou a sofrer de angina. Em 1975 se desligou do centro espírita "Comunhão Espírita Cristã" e fundou um novo em Uberaba, "Casa da Prece", passando a exercer atividades neste.[carece de fontes]

As décadas de 1980 e 1990Editar

Em 1980 já havia duas mil instituições de caridade fundadas, ajudadas ou mantidas graças aos direitos autorais dos seus livros psicografados ou a campanhas beneficentes promovidas por ele.[36] Em 1981 foi proposto para se candidatar ao Prêmio Nobel da Paz, campanha encabeçada pelo amigo Augusto César Vanucci, então diretor da Rede Globo, concorrendo com vultos da época, como João Paulo II, prestes a visitar o Brasil pela primeira vez, e pelo líder sindicalista polonês Lech Walesa. Pelo extenso trabalho social exercido pelo médium mineiro, achavam certa sua vitória, já que Madre Teresa de Calcutá, com um trabalho menos vultoso, fora premiada no ano anterior. Mas nenhum destes ganhou — uma instituição da ONU, de acolhimento a refugiados internacionais levou o Nobel naquele ano. Chico considerou normal a decisão, e chegou mesmo a elogiar a entidade das Nações Unidas que já deu abrigo a mais de 18 milhões de expatriados. Nesse período, a sua fama ampliou-se no exterior, com diversas de suas obras sido vertidas em diversas línguas, assim como ganhou adaptações para telenovelas. Ao final da década de 1990, o médium contava com mais de quatrocentos títulos de livros psicografados. Nesse período, estimava-se em aproximadamente cinquenta milhões os exemplares de livros espíritas circulando no Brasil, dos quais quinze milhões eram atribuídos a Chico Xavier e doze milhões a Kardec (SANTOS, 1997:89).[carece de fontes]
No ano de 1994, o tabloide estadunidense National Examiner publicou uma matéria em que, no título, declarava que "Fantasmas escritores fazem romancista milionário".[37] A matéria foi alardeada no Brasil com destaque pela hoje extinta revista Manchete,[38] com o título de Secretário dos Fantasmas, onde se declarava que, segundo informava a National Examiner, o médium brasileiro ficou milionário, havendo ganho 20 milhões de dólares como "secretário de fantasmas".[carece de fontes]
A revista Manchete continuava: "Segundo o jornal, ele é o primeiro a admitir que os 380 livros que lançou são de 'ghost-writers', mas 'ghosts' mesmo, em sentido literal", concluindo que Chico simplesmente transcreve as obras psicografadas de mais de 500 escritores e poetas mortos e enterrados.[39]
O médium não respondeu, mas a FEB, por seu então Presidente Juvanir Borges de Souza, editora de boa parte das obras de Chico Xavier, enviou uma carta à revista em que informava utilizar os direitos autorais e a remuneração pelas obras de Francisco Cândido Xavier para uso da caridade, o mesmo se passando com outras editoras, ressaltando que "os direitos autorais são cedidos gratuitamente, visando a tornar o livro espírita bastante acessível e a contribuir, destarte, para a difusão da Doutrina Espírita".[39]
O mesmo Presidente da FEB, em 4 de outubro daquele ano, por ocasião do I Congresso Espírita Mundial, apresentou uma "moção de reconhecimento e de agradecimento ao médium Francisco Cândido Xavier", aprovada pelo Conselho Federativo Nacional da FEB, em proposta apresentada pelo Presidente da Federação Espírita do Estado de Sergipe. No documento, as entidades representativas do espiritismo no Brasil devotavam a sua gratidão e respeito ao médium "pelos intensos trabalhos por ele desenvolvidos e pela vida de exemplo, voltados ao estudo, à difusão e à prática do espiritismo, à orientação, ao atendimento e à assistência espiritual e material aos seus semelhantes".[40]

FalecimentoEditar

O médium morreu aos 92 anos de idade, em decorrência de parada cardiorrespiratória, no dia 30 de junho do ano de 2002.[41] Conforme relatos de amigos e parentes próximos, Chico dizia que iria "desencarnar" em um dia em que os brasileiros estivessem muito felizes e em que o país estivesse em festa, para assim o desencarne dele não causar tristeza.[12] [42] [43] [44] O país festejava a conquista da Copa do Mundo de futebol daquele ano, no dia de seu falecimento (Chico morreu cerca de nove horas depois da partida Brasil x Alemanha).[carece de fontes]
O então presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, emitiu nota sobre a morte do médium: "Grande líder espiritual e figura querida e admirada pelo Brasil inteiro, Chico Xavier deixou sua marca no coração de todos os brasileiros, que ao longo de décadas aprenderam a respeitar seu permanente compromisso com o bem estar do próximo".[45] O então governador de Minas Gerais, Itamar Franco, decretou luto oficial de três dias no Estado e declarou: "Chico Xavier expressava em sua face uma imensa bondade, reflexo de sua alma iluminada, que transparecia, particularmente, em sua dedicação aos pobres, imagem que vou guardar para sempre, com muito carinho".[46]
Segundo a Polícia Militar de Minas Gerais, 120.000 pessoas compareceram ao velório do médium, que aconteceu em Uberaba nos dias 01 e 02 de Julho. Em um caminhão do Corpo de Bombeiros, o caixão com o corpo do médium percorreu 5 km até chegar ao Cemitério São João Batista (também em Uberaba) e mais de 30 mil pessoas acompanharam o cortejo a pé. Quando o caixão chegou ao cemitério, foi recebido com uma chuva de pétalas de 3 mil rosas lançadas em profusão de um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal.[47]
Os centros espíritas fundados por Chico Xavier, "Casa da Prece" e "Comunhão Espírita Cristã" em Uberaba e "Centro Espírita Luíz Gonzaga" em Pedro Leopoldo, continuam funcionando e realizando muitas assistências de caridade.[48] [49]
Em 2014, o Ministério Público Federal de Uberaba, em Minas Gerais, firmou um acordo com o filho adotivo do médium Chico Xavier, Eurípedes Higino, que prevê a proteção e catalagoção do acervo do médium.[50]

Homenagens e premiaçõesEditar

Busto do médium na Praça Chico Xavier, em sua cidade natal, Pedro Leopoldo.

Filme biográficoEditar

Em 2 de abril de 2010, data em que Chico Xavier completaria 100 anos, estreou Chico Xavier - O Filme,[65] baseado na biografia As Vidas de Chico Xavier, do jornalista Marcel Souto Maior. Dirigido e produzido pelo cineasta Daniel Filho, Chico Xavier é retratado pelos atores Matheus Costa, Ângelo Antônio e Nelson Xavier, respectivamente, em três fases de sua vida: de 1918 a 1922, 1931 a 1959 e 1969 a 1975. O filme alcançou a marca de mais de 3,5 milhões de espectadores nos cinemas.[66]

PsicografiasEditar

Alegoria que representa, segundo a ótica espírita, o médium Chico Xavier psicografando uma mensagem do seu espírito-guia Emmanuel.
Chico Xavier foi altamente prolífico, tendo psicografado mais de 450 livros. Nunca admitiu ser o autor de alguma dessas obras; apenas reproduziria o que os espíritos lhe ditavam.[15] Por esse motivo, não aceitava o dinheiro arrecadado com a venda de seus livros, tendo sempre cedido os direitos autorais para instituições de caridade.[2] Vendeu mais de cinquenta milhões de exemplares em português, com traduções em inglês, espanhol, japonês, esperanto, francês, alemão, italiano, russo, mandarim, romeno, sueco, grego, húngaro, braile, etc. Psicografou cerca de dez mil cartas "de mortos para suas famílias", nunca tendo cobrado por isso. As cartas eram tidas como psicografias autênticas pelos familiares e algumas chegaram a ser aceitas como provas em casos de julgamentos jurídicos.[67] [68]
Suas obras são publicadas pelo Centro Espírita União, Casa Editora O Clarim, Edicel, Federação Espírita Brasileira, Federação Espírita do Estado de São Paulo, Federação Espírita do Rio Grande do Sul, Fundação Marieta Gaio, Grupo Espírita Emmanuel s/c Editora, Comunhão Espírita Cristã, Instituto de Difusão Espírita, Instituto de Divulgação Espírita André Luiz, Livraria Allan Kardec Editora, Editora Pensamento, Editora Vinha de Luz, Edicei e União Espírita Mineira. Mesmo só tendo estudado até a quarta série do ensino fundamental, ele escrevia em torno de seis livros por ano, dentre eles livros de romances, contos, filosofia, ensaios, apólogos, crônicas, poesias etc. É o escritor mais lido da América Latina (nota: ano de 2010).[carece de fontes]
Seu primeiro livro, Parnaso de Além-Túmulo, com 256 poemas atribuídos a poetas mortos, dentre eles os portugueses João de Deus, Antero de Quental e Guerra Junqueiro e os brasileiros Olavo Bilac, Castro Alves e Augusto dos Anjos, foi publicado pela primeira vez em 1932.[15] O livro logo se tornou uma grande sensação no país.[23] O de maior tiragem foi Nosso Lar, publicado em 1944, atualmente com mais de dois milhões de cópias vendidas,[28] atribuído ao espírito André Luiz, sendo o primeiro volume da "Coleção A Vida no Mundo Espiritual"[69] que é composta por 13 livros, todos psicografados por Chico Xavier, três deles em parceria com o médium Waldo Vieira.
Também são marcantes os livros psicografados atribuídos pelo médium ao espírito do escritor Humberto de Campos. Tais psicografias foram o objeto de estudo do pesquisador Alexandre Caroli Rocha em uma notória tese de Doutorado em Teoria e História Literária pela Unicamp, em que concluiu que o autor dos livros psicográficos possuía um amplo conhecimento das obras de Campos e foi capaz de reproduzir o seu estilo e caráter.[23] [70]
Uma de suas psicografias mais famosas, e que teve repercussão mundial, foi a do caso de Goiânia em que José Divino Nunes, acusado de matar o melhor amigo, Maurício Henriques, foi inocentado pelo juiz, que aceitou como prova válida (entre outras que também foram apresentadas pela defesa) um depoimento da própria vítima, já falecida, através de texto psicografado por Chico Xavier. O caso aconteceu em outubro de 1979, na cidade de Goiânia, Goiás. Assim, o presumido espírito de Maurício teria inocentado o amigo dizendo que tudo não teria passado de um acidente.[71] [72] [73] Depoimentos psicografados por Chico Xavier também foram aceitos como provas judiciais em outros três casos de julgamento de homicídio internacionalmente repercutidos.[72] [73]
O pesquisador da Universidade Estadual de Londrina Carlos Augusto Perandréa, pós-graduado em criminologia, durante cerca de 14 anos estudou cientificamente 400 cartas psicografadas por Chico Xavier em transes mediúnicos, utilizando as mesmas técnicas com que avalia assinatura para bancos, polícias e o Poder Judiciário, a grafoscopia. Perandréa comparou a letra (padrão) dos indivíduos antes da morte e depois nas cartas psicografadas, chegando à conclusão de que todas as psicografias possuem autenticidade gráfica dos referidos mortos.[74] [75] [76] Em 1991, o pesquisador publicou o resultado desse estudo em seu livro chamado "A Psicografia á Luz da Grafoscopia". O estudo também foi publicado na Revista Científica da Universidade de Londrina, a Revista Semina, em 1990, e igualmente apresentado, em outra oportunidade, em um Congresso Nacional, diante de mais de 500 profissionais e peritos da área, sem uma única contestação.[74] [76] [77]
A Associação Médico-Espírita de São Paulo fez um estudo de 45 cartas psicografadas por Chico Xavier, o que gerou o livro "A Vida Triunfa" de 1990. A partir de dados colhidos por um questionário padrão feito aos destinatários das cartas, a AME-SP chegou a várias constatações, por exemplo: 100% das famílias declararam 100% de acerto nos dados informados pelas cartas; 68,9% das cartas citam de um a três parentes e/ou amigos falecidos desconhecidos por Chico; 35,6% definiram as assinaturas psicografadas pelo médium como idênticas às dos autores espirituais. Como conclusão do estudo, os autores alegaram que "As evidências da sobrevivência do espírito são muito fortes. A vida é uma fatalidade, segundo o depoimento desses 45 companheiros que se expuseram, por inteiro, revelando as nuances de suas personalidades através das mãos humildes do medianeiro".[78]
Durante transes psicográficos, eletroencefalogramas do médium mostraram características comuns da epilepsia, mas clinicamente Chico Xavier nunca foi epiléptico.[79] [fonte confiável?]

Principais obras psicografadasEditar

Edições francesas de algumas obras psicografadas por Chico Xavier.
Ano Obra Autor espiritual Editora Notas
1932 Parnaso de Além-Túmulo Diversos espíritos
FEB
Primeira obra publicada
1937 Crônicas de Além-Túmulo Humberto de Campos
FEB
Primeira obra pelo espírito Humberto de Campos
1938 Emmanuel Emmanuel
FEB
Primeiro obra pelo espírito Emmanuel
1938 Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho Humberto de Campos
FEB
Tiragem de 202.000 exemplares
1939 A Caminho da Luz Emmanuel
FEB
Tiragem de 263.000 exemplares
1939 Há Dois Mil Anos Emmanuel
FEB
Tiragem de 435.000 exemplares
1940 Cinquenta Anos Depois Emmanuel
FEB
Tiragem de 317.000 exemplares
1941 O Consolador Emmanuel
FEB
Tiragem de 218.000 exemplares
1942 Paulo e Estevão Emmanuel
FEB
Tiragem de 420.000 exemplares
1942 Renúncia Emmanuel
FEB
Tiragem de 311.000 exemplares
1944 Nosso Lar André Luiz
FEB
Tiragem de 420.000 exemplares. Livro mais vendido e traduzido para outras línguas.
1944 Os Mensageiros André Luiz
FEB

1945 Missionários da Luz André Luiz
FEB
Tiragem de 440.000 exemplares
1945 Lázaro Redivivo Irmão X
FEB
Primeira obra pelo espírito Irmão X, pseudônimo do espírito Humberto de Campos
1946 Obreiros da Vida Eterna André Luiz
FEB
Tiragem de 290.000 exemplares
1947 Volta Bocage Manuel Maria Barbosa Du Bocage
FEB
Livro psicografado com autoria atribuída ao poeta português, Bocage
1948 No Mundo Maior André Luiz
FEB
Tiragem de 280.000 exemplares
1948 Agenda Cristã André Luiz
FEB
Tiragem de 470.000 exemplares
1949 Voltei Irmão Jacob
FEB
Tiragem de 204.000 exemplares
1949 Caminho, Verdade e Vida Emmanuel
FEB
Tiragem de 216.000 exemplares
1949 Libertação André Luiz
FEB
Tiragem de 275.000 exemplares
1950 Jesus no Lar Neio Lúcio
FEB
Tiragem de 290.000 exemplares
1950 Pão Nosso Emmanuel
FEB
Tiragem de 262.000 exemplares
1952 Vinha de Luz Emmanuel
FEB
Tiragem de 215.000 exemplares
1952 Roteiro Emmanuel
FEB

1953 Ave, Cristo! Emmanuel
FEB
Tiragem de 210.000 exemplares
1954 Entre a Terra e o Céu André Luiz
FEB
Tiragem de 260.000 exemplares
1955 Nos Domínios da Mediunidade André Luiz
FEB
Tiragem de 313.000 exemplares
1956 Fonte Viva Emmanuel
FEB
Tiragem de 248.000 exemplares
1957 Ação e Reação André Luiz
FEB
Tiragem de 255.000 exemplares
1958 Pensamento e Vida Emmanuel
FEB

1959 Evolução em Dois Mundos André Luiz
FEB
"Tiragem de 216.000 exemplares"
1960 Mecanismos da Mediunidade André Luiz
FEB
Primeira obra em parceria com o médium Waldo Vieira
1960 Religião dos Espíritos Emmanuel
FEB

1961 O Espírito da Verdade diversos espíritos
FEB

1963 Sexo e Destino André Luiz
FEB
Tiragem de 262.000 exemplares
1968 E a Vida Continua... André Luiz
FEB
Tiragem de 314.000 exemplares
1970 Vida e Sexo Emmanuel
FEB
Tiragem de 240.000 exemplares
1971 Sinal Verde André Luiz
Comunhão Espírita
Cristã (CEC)
Tiragem de 473.500 exemplares
1976 Somos Seis Diversos Espíritos
FEB

1977 Companheiro Emmanuel
Instituto de Difusão
Espírita (IDE)
Tiragem de 223.000 exemplares
1985 Retratos da Vida Cornélio Pires
IDE/CEC

1986 Mediunidade e Sintonia Emmanuel
CEU

1991 Queda e Ascensão da Casa dos Benefícios Bezerra de Menezes
GER

1999 Escada de Luz diversos espíritos
CEU

Ver tambémEditar

Referências

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  27. Este processo, que se celebrizou pela sua originalidade, foi movido no sentido de obter uma declaração, por sentença, acerca de se daquela obra mediúnica "era ou não do 'Espírito' de Humberto de Campos", e, em caso afirmativo, que se aplicassem as sanções previstas em Lei. O assunto causou muita polêmica, tendo ocupado espaço nos principais periódicos do país à época. Em 23 de agosto de 1944, por sentença do Dr. João Frederico Mourão Russell, juiz de Direito em exercício na 8ª Vara Cível do antigo Distrito Federal, a ação foi julgada improcedente. O recurso, impetrado no Tribunal de Apelação do antigo Distrito Federal, manteve a sentença original, tendo sido relator o ministro Álvaro Moutinho Ribeiro da Costa. (TIMPONI, Miguel. A Psicografia ante os Tribunais).
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  36. As Vidas de Chico Xavier (pgs. 19 e 227)
  37. Uma livre tradução de: Ghostwriters made novelist a millionaire -onde se nota um trocadilho com o termo, já que "escritor fantasma" - ghostwriter refere-se à pessoa que escreve obra assinada por outrem
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BibliografiaEditar

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Ligações externasEditar

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