quarta-feira, 13 de junho de 2018

PARA ONDE CAMINHA A HUMANIDADE?



 

Ainda hoje os historiadores perguntam-se como um império de tão grande magnitude como foi o da era romana que durou mais de 1000 anos, possa ter deixado de existir. Poder absoluto da época, o planeta vivenciou então a sua primeira globalização, já que as fronteiras eram as do próprio império. O idioma latim era amplamente difundido assim como o grego, tornando-se mais fácil as viagens e a comunicação. Após a queda do império romano, foi necessário um largo período de reencarnações dolorosas para que o homem despertasse um pouco mais a sua espiritualidade, permitindo a expansão das artes e ciências já no período compreendido como Renascimento. Posteriormente, o surgimento do Espiritismo codificado por Kardec, o Consolador prometido por Jesus, trouxe novo alento a todos aqueles que buscam o conhecimento. Pelo conhecimento Espírita, sabemos que a queda do império romano foi uma determinação do Alto. Ao atingir os excessos em vícios de todas as naturezas com a consequente desagregação das famílias, abusando ainda do poder que possuía na subjugação de outros povos, tornaram-se necessárias ações corretivas mais contundentes. Assim, por fugir totalmente da programação que havia sido estabelecida mesmo com a insistente ação do Alto para que despertassem, e por tornar-se um peso demasiado oneroso para a evolução do planeta, determinando a fragmentação deste império. Não existe improvisação por parte das esferas siderais que coordenam a evolução do planeta. O livre-arbítrio que temos, é limitado, tanto a nível individual como coletivo, sendo corrigido conforme as circunstâncias, com interferências do plano maior sempre em benefício de nossa evolução intelecto-moral. Vivenciamos hoje situação bastante similar à época romana. O egoísmo atingindo o seu ápice na sociedade atual, com contrastes gritantes com a fome e a miséria de um lado e a opulência e o descaso de outro, entre nações ricas e pobres e mesmo entre indivíduos nestas nações. O modelo econômico, baseado no consumismo desenfreado gradativamente tem demonstrado a sua exaustão. A insatisfação popular não se restringe mais apenas a países do terceiro mundo, como vem acontecendo no grande movimento chamado de “primavera árabe” que removeu ditadores na Tunísia, no Egito, e na Líbia e agora gerando um clima de instabilidade na Síria. Esta frustração tem surgido de forma nítida nos habitantes de grandes cidades da Europa, como aconteceu em Londres recentemente na depredação de carros e lojas, e em Nova Iorque, no movimento popular “ocupem Wall Street”, que se espalha agora por mais de 82 países. Este contraste na riqueza abusiva e a pobreza dos que não têm acesso aos bens de consumo, associado à corrupção e impunidade, junto à incompetência dos governos em encontrar alternativas viáveis para a melhora social, vem criando uma insatisfação popular cada vez mais intensa principalmente pela falta de religiosidade de nossa humanidade. E, os prognósticos para os próximos anos revelam-se de dificuldades ainda maiores para as famílias em geral, em face da crise econômica mundial que vem afetando todos os países. Mas a humanidade tem recebido inúmeras oportunidades de evitar situações estressantes como a atual. O próprio império romano foi criado por Jesus, de modo a facilitar a transformação moral da humanidade. A facilidade de comunicação tinha por objetivo difundir a mensagem redentora do Mestre. Mas, assim como negligenciamos no passado, agora nos vemos em situação similar. Passaram-se dois mil anos desde o recebimento da mensagem renovadora da Boa Nova trazida por Jesus. Mas isto não impediu as duas grandes guerras de caráter mundial, e mesmo depois delas o mundo ainda não conseguiu encontrar a necessária paz e uma vida dentro dos padrões ético-morais. A violência, os vícios e a corrupção alastram-se como um câncer social, trazendo sérias consequências para a sociedade. Como um catalisador negativo, os valores morais são colocados em dúvida, através da televisão, na sua programação muitas vezes imoral, onde a desonestidade e permissividade sexual assumem ares de normalidade, arrastando para condutas infelizes mentes invigilantes. Mas, a Humanidade caminha em passos largos para o seu aprimoramento moral, mesmo entre o caos social apa­rente. Vivenciamos os tempos chegados, e as pessoas de bem devem fortalecer-se na Fé. A humanidade continuará a evo­luir, como tem sido desde os primeiros passos do Homo sapiens, seguindo a sua trajetória redentora conforme pro­gramado por Jesus. Mas nunca foi tão necessário seguir a recomendação do Mestre Galileu: “orai e vigiai”. Como sempre tem ocorrido ao longo dos séculos, os governantes siderais sem improvisar, manterão o equilíbrio do planeta, saneando a sociedade sempre que necessário. Que possamos contri­buir neste processo renovador, dando os primeiros passos, na transformação moral de nós mesmos.

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