segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

. O "ANJO DA GUARDA".

TODOS TEMOS UM DESSES GÊNIOS TUTELARES QUE NOS INSPIRA NAS HORAS DIFÍCEIS E NOS DIRIGE PELO BOM CAMINHO. O "ANJO DA GUARDA". NÃO HÁ CONCEPÇÃO MAIS GRATA E CONSOLADORA.A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sentadasSaber que temos um amigo fiel e sempre disposto a nos socorrer, de perto como de longe, nos influenciando a grandes distâncias ou se conservando junto de nós nas provações; saber que ele nos aconselha por intuição e nos aquece com seu amor, eis uma fonte inapreciável de força moral. O pensamento de que testemunhas benévolas e invisíveis vêem todos os nossos atos, regozijando-se ou entristecendo-se, deve inspirar-nos mais sabedoria e circunspeção.
É por essa proteção oculta que se fortificam os laços de solidariedade que ligam o mundo celeste à Terra, o Espírito livre ao homem, Espírito prisioneiro da carne.
É por essa assistência contínua que se criam, de um a outro lado, as simpatias profundas, as amizades duradouras e desinteressadas.
O amor que anima o espírito elevado vai pouco a pouco se estendendo a todos os seres sem cessar, revertendo tudo para Deus, pais das almas, foco de todas as potências efetivas.
Há Espíritos que se ligam a um indivíduo em particular para o proteger?
— Sim, o irmão espiritual; é o que chamais o bom Espírito ou o bom gênio.
Que se deve entender por anjo da guarda?
— O Espírito protetor de uma ordem elevada.
Qual a missão do Espírito protetor?
— A de um pai para com os filhos: conduzir o seu protegido pelo bom caminho, ajudá-lo com os seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições sustentar sua coragem nas provas da vida.
O Espírito protetor é ligado ao indivíduo desde o seu nascimento?
— Desde o nascimento até a morte, e freqüentemente o segue depois da morte, na vida espírita, e mesmo através de numerosas experiências corpóreas porque essas existências não são mais do que fases bem curtas da vida do Espírito.
A missão do Espírito protetor é voluntária ou obrigatória?
— O Espírito é obrigado a velar por vós porque aceitou essa tarefa mas pode escolher os seres que lhe são simpáticos. Para uns, isso é um prazer; para outros, uma missão ou um dever.
Ligando-se a um pessoa, o Espírito renuncia a proteger outros
indivíduos?
— Não, mas o faz de maneira mais geral.
O Espírito protetor está fatalmente ligado ao ser que foi confiado à sua guarda?
—Acontece freqüentemente que certos Espíritos deixam sua posição pura cumprir diversas missões, mas nesse caso são substituídos.
O Espírito protetor abandona, às vezes, o protegido, quando este se mostra rebelde às suas advertências?
— Afasta-se quando vê que os seus conselhos são inúteis e que é mais forte a vontade do protegido em submeter-se à influência dos Espíritos inferiores, mas não o abandona completamente e sempre se faz ouvir. É o homem quem lhe fecha os ouvidos. Ele volta, logo que chamado.
Há uma doutrina que deveria converter os mais incrédulos, por seu encanto e por sua doçura: a dos anjos da guarda. Pensar que tendes sempre ao vosso lado seres que vos são superiores, que estão sempre ali para vos aconselhar, vos sustentar, vos ajudar a escalar a montanha escarpada do bem, que são amigos mais firmes e mais devotados que as mais íntimas ligações que se possam contrair na Terra, não é essa uma idéia bastante consoladora? Esses seres ali estão por ordem de seu Deus, que os colocou ao vosso lado; ali estão por seu amor, e cumprem junto a vos todos uma bela mas penosa missão. Sim, onde quer que estiverdes, vosso anjo estará convosco: nos cárceres, nos hospitais, nos antros do vício, na solidão, nada vos separa desse amigo que não podeis ver, mas do qual vossa alma recebe os mais doces impulsos e ouve os mais sábios conselhos.
Ah!, por que não conheceis melhor esta verdade? Quantas vezes ela vos ajudaria nos momentos de crise; quantas vezes ela vos salvaria dos maus Espíritos! Mas no dia decisivo este anjo de bondade terá muitas vezes de vos dizer: “Não te avisei disso? E não afizeste! Não te mostrei o abismo? E nele te precipitaste! Não fiz soar na tua consciência a voz da verdade, e não seguiste os conselhos da mentira?”. Ah!, interpelai vossos anjos da guarda, estabelecei entre vós e eles essa terna intimidade que reina entre os melhores amigos! Não penseis em lhes ocultar nada, pois eles são os olhos de Deus e não os podeis enganar! Considerai o futuro; procurai avançar nesta vida, e vossas provas serão mais curtas, vossas existências mais felizes. Vamos, homens, coragem! Afastai para longe de vós, de uma vez por todas, preconceitos e segundas intenções! Entrai na nova via que se abre diante de vós, marchai,marchai! Tendes guias, segui-os; a meta não vos pode faltar porque essa meta é o próprio Deus.
Aos que pensassem que é impossível a Espíritos verdadeiramente elevados se restringirem a uma tarefa tão laboriosa e de todos os instantes, diremos que influenciamos as vossas almas, embora estando a milhões de léguas de distância: para nós o espaço não existe, e mesmo vivendo em outro mundo os nossos Espíritos, conservam sua ligação convosco. Gozamos de faculdades que não podeis compreender, mas estais certos de que Deus não vos impôs uma tarefa acima de vossas forças, nem vos abandonou sozinhos sobre a Terra, sem amigos e sem amparo.
Cada anjo da guarda tem o seu protegido e vela por ele como um pai vela pelo filho. Sente-se feliz quando o vê no bom caminho; chora quando os seus conselhos são desprezados.
Não temais fatigar-nos com as vossas perguntas; permanecei, pelo contrário, sempre em contato conosco: sereis então mais forte e mais felizes. São essas comunicações de cada homem com seu Espírito familiar que fazem médiuns a todos os homens, médiuns hoje ignorados, mas que mais tarde se manifestarão, derramando-se como um oceano sem bordas para fazer refluir a incredulidade e a ignorância. Homens instruídos, instruí; homens de talento, educai vossos irmãos. Não sabeis que a obra assim realizais: é a do Cristo, a que Deus vos impõe. Por que Deus vos concedeu a inteligência e a ciência, senão para as repartirdes com vossos irmãos, para os adiantar na senda da ventura e da eterna bem aventurança?

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