Verdade Libertadora
Realizado o estudo do Evangelho no lar de Josef Jackulack, na noite de 5 de junho, em Viena, Áustria, o tema foi:
“Não ponhais a candeia debaixo do alqueire”, capítulo XXIV, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, após o qual a Mentora espiritual escreveu a presente mensagem.
A verdade sempre predomina.
O culto à mentira é dos mais
danosos comportamentos a que o indivíduo se submete. Ilusão do ego, logo
se dilui ante a linguagem espontânea dos fatos. Responsável por
expressiva parte dos sofrimentos humanos, fomenta a calúnia que lhe é
manifestação grave e destrutiva – a infâmia, a crueldade…
A maledicência é-lhe filha
predileta, por expressar-lhe os conteúdos perturbadores, que a
imaginação irrefreada e os sentimentos infelizes dão curso.
Além desses aspectos morais, a
mentira não resiste ao transcurso do tempo. Sem alicerce que a sustente,
altera a sua forma ante cada evento novo e de tal maneira se modifica,
que se desvela. Por ser insustentável, quem se apóia na sua estrutura
frágil padece insegurança contínua.
Porque é exata na sua forma de
apresentar-se, a verdade é o inimigo normal da mentira. Enquanto a
primeira esplende ao sol dos acontecimentos e exterioriza-se sem
qualquer exagero, a segunda é maneirosa, prefere a sombra e comunica-se
com sordidez. Uma é fruto da realidade; a outra, da fantasia, que não
medita nas consequências de que se reveste.
A mentira teme o confronto com a verdade. Aloja-se nas sombras, espraia-se, às escondidas, e encontra, infelizmente, guarida.
A verdade jamais se camufla;
surge com força e externa-se com dignidade. Não tem alteração íntima,
permanecendo a mesma em todas as épocas. Ninguém consegue ocultá-la,
porque, semelhante à luz, irradia-se naturalmente. Nem sempre é aceita,
por convidar à responsabilidade. Amiga do discernimento, é a pedra
angular da consciência de si mesmo, fator ético-moral da conduta
saudável.
Enquanto a mentira viger, a
acomodação, o crime afrontoso ou sob disfarce, o abuso do poder e a
miséria de todo tipo predominarão na Terra exaltando os fracos, que
assim se farão fortes, os covardes, que se tornarão estóicos, os
astutos, que triunfarão em detrimento dos sábios, dos nobres e dos bons…
Face a tais logros, que
propicia, não obstante efêmeros, os seus famanazes e cultuadores
detestam e perseguem a verdade. Não medem esforços para impelir-lhe a
propagação, por saberem dos resultados que advirão com o seu
estabelecimento entre as criaturas.
São baldas, porém, tão insanas atitudes.
A verdade espera… Seus opositores enfermam, envelhecem e morrem, enquanto ela permanece.
A mentira é de breve existência. Predomina por um pouco, esfuma-se e passa…
(…) Jesus, em proposta admirável, afirmou: Busca a verdade e a verdade te libertará.
Ninguém tem o direito de ocultar
a verdade, qual se fosse uma luz que devesse ficar escondida. Onde se
encontre, irradia claridade e calor.
O seu conhecimento induz o
portador a apresentá-la onde esteja, a divulgá-la sempre. Pelos
benefícios que proporciona, estimula à participação, à solidariedade,
difundindo-a. (…)
Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Sob a Proteção de Deus
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